Os Seis Sigmas na vertente logística
Em empresas de todos os ramos, encontramos processos que poderiam ser melhorados, produtos com defeitos recorrentes, serviços prestados de maneira precária, entre outras situações que causam impacto negativo, tanto financeiramente quanto com relação à imagem destas organizações. Todas essas situações citadas culminam em perda de qualidade dos produtos ou serviços prestados e, consequentemente, em insatisfação do cliente final.
Os Seis Sigmas, do inglês Six Sigma, tem como uma de suas principais finalidades a melhoria contínua nos processos organizacionais e produtivos. Por meio de um planejamento eficaz, tem como meta o aumento da lucratividade e a diminuição dos desperdícios, gerando confiabilidade e valorização do serviço prestado ou produto vendido.
O Sigma, representado pela décima oitava letra do alfabeto grego, indica o nível de qualidade dos serviços apresentado pelas empresas na execução dos seus processos produtivos. Por essa razão, é utilizado como uma metodologia que tenciona à redução dos desperdícios e à geração de lucro com o intuito de extrair uma maior satisfação por parte dos parceiros, clientes ou fornecedores de uma determinada empresa.
Visando a melhoria nos processos organizacionais já existentes, os Seis Sigmas sugerem a utilização da metodologia DMAIC (Define, Measure, Analyse, Improve e Control), responsável por definir o objetivo a ser alcançado na resolução dos problemas. Isso inclui a mensuração dos dados coletados referentes às falhas nos processos, a análise de tais dados, verificando suas entradas, causas e efeitos, a melhoria dos processos com as soluções encontradas e definidas nas fases anteriores e o controle das melhorias aplicadas, ou seja, se estão surtindo o resultado desejado continuamente.
Na vertente logística, uma das ferramentas mais utilizadas para a melhoria da manipulação dos produtos dentro de um armazém logístico é o investimento em softwares. Nesse sentido, o software WMS (Warehouse Management System) juntamente com a tecnologia de RFID (Radio Frequency Identification), atrelada a coletores de dados e esteiras automatizadas, tornam possível o controle total das operações dentro de um armazém. Cabe aqui ressaltar que uma vez contextualizadas dentro da metodologia DMAIC, estas ferramentas estariam na fase de Improve (melhoria).
No entanto, a utilização da metodologia Seis Sigmas requer investimento. No caso dos operadores logísticos, softwares, equipamentos e, principalmente, a capacitação de funcionários são fatores de suma importância para a materialização de tal procedimento metodológico. Logo, a mentalidade da alta gerência em acreditar que o investimento tem como objetivo a melhoria contínua dos processos e serviços prestados em sua empresa deve ser o principal pilar de sustentação da implantação da metodologia.
Entre as possibilidades já citadas, podemos também acrescentar a assessoria e consultoria externa como grandes aliadas para o aumento da maturidade do operador logístico no que diz respeito à sua eficácia nos serviços prestados.
Desse modo, a satisfação e a lucratividade já demonstradas só serão alcançadas com a redução de perdas e, consequentemente, com a melhoria dos processos. Na logística atual, a qual prima, cada vez mais, pela dinamicidade e por resultados imediatos, o investimento em softwares, equipamentos e recursos capacitados trarão os atributos necessários para que o operador logístico tenha a competitividade para alcançar seus objetivos estratégicos e aumentar sua visibilidade como empresa confiável e detentora de legítima qualidade.
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