Indicadores de desempenho na gestão logística – 2
Por Fernando Santille*
No post anterior, foi abordado como fazendo uso de indicadores de desempenho é possível medir a performance de setores, tarefas e processos dentro da empresa, fornecendo aos gestores informações necessárias para aumentar a qualidade e diminuir tempo e custos de suas operações logísticas.
O que podemos medir?
Esses indicadores devem medir tempos e valores das operações mais críticas do dia-a-dia da empresa ou se possível todas elas. Na posse dessas informações é possível medir e analisar indicadores como:
Transportes
- Percentual de entregas e/ou coletas concluídas no prazo
- Custo com avarias no transporte
- Percentual e custo com atrasos
- Utilização da capacidade do veículo
- Índice de atendimento de pedidos
- Acuracidade na emissão do CT-e
Armazenagem
- Índice de atendimento de pedidos
- Tempo de ciclo dos pedidos
- Acuracidade do Inventário
- Produtividade dos recursos em cada tarefa/processo
- Tempo do veículo na doca
- Acuracidade do endereçamento
- Uso da capacidade de armazenagem
- Custo do estoque
- Giro do estoque
Como utilizar essas informações?
Através desses e de outros indicadores, é possível conhecer os pontos que geram maiores gargalos nos processos e também a causa do problema, permitindo que o gestor tome medidas para reduzir esses gargalos e atenda o cliente em menor tempo. Também é possível ver onde estão os pontos que geram mais custo na operação e trata-los mais adequadamente. O caso é que os indicadores variam para cada empresa e cabe a cada gestor, saber o que deve ser medido para que sejam desenvolvidos indicadores adequados às suas necessidades.
As ferramentas de gerenciamento (TMS e WMS) por possuírem as informações necessárias, conforme mencionado anteriormente, estão se aperfeiçoando para fornecer tais indicadores em forma de relatórios gerenciais e dashboards (representação gráfica dessas informações, consolidadas em uma única tela para melhor entendimento), tornando-se mais completas e eficazes na gestão logística. Elas também se tornaram mais flexíveis, permitindo que o próprio usuário desenvolva da maneira que melhor lhe atenda, seus próprios relatórios e gráficos sem a necessidade de solicitar customizações e novos desenvolvimentos.
[Indicadores de Produtividade (Fonte: Store Automação)]
Com todas essas opções e flexibilidade somadas às informações consistentes e atualizadas, as ferramentas de gestão logística estão se tornando poderosas ferramentas de business intelligence (BI) dando total apoio à tomada de decisão com resultados mais precisos e eficazes. Contudo, não basta ter a ferramenta, é necessário fazer uso correto para obter as informações necessárias e atuar de forma corretiva nos pontos críticos do processo e de forma preventiva nos demais buscando sempre a melhoria contínua para alcançar níveis diferenciados de competitividade no mercado.